caso de doença de Newcastle detectado no município de Anta Gorda (RS), está sob controle e não deve desacelerar de forma expressiva as exportações de frango do Brasil. A avaliação foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, em entrevista ao CBN Agro, na rádio CBN, terça-feira (23/7). Segundo ele, no pior dos cenários, o prejuízo pode ser deixar de exportar 50 mil a 60 mil de toneladas no mês inteiro.
O cálculo, diz Santin, foi feito com base nos mercados para os quais ainda está em vigor o embargo total de exportação de carne de aves: China, México e Argentina. Por outro lado, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), avança em reuniões com autoridades chinesas para regular as exportações nos próximos 15 dias."Nosso levantamento mostra o prejuízo nos mercados que já tem um protocolo [mais acirrado], como na China. Mas temos que olhar que produção do Brasil é 1,24 milhão de toneladas por mês, dos quais 410 mil toneladas, em média, vão para o exterior. Com isso, o número de 50 mil toneladas não é tão grande a ponto de deixar esse frango mais barato ou causar maiores dificuldades", explicou.
O presidente da ABPA, no entanto, reafirmou que empresas e produtores têm perda de rentabilidade para empresas e produtores, porém considera "algo que está dentro do padrão" regulado diante da doença causada por uma secreção de pombo. Santin lembrou que apenas uma ave foi diagnosticada com a enfermidade e todas as medidas de segurança estão sendo tomadas no Rio Grande do Sul.
"Foram 12 amostras coletadas em uma granja de 14 mil aves e só uma deu positiva. Apesar de falarmos em foco, esse é um achado ocasional, com vírus de pombo que entrou lá pelas enxurradas recentes, derrubou o teto e acabou quebrando as práticas de biosseguridade que protegem o rebanho e nos mantinham sem essa doença até agora", detalhou.
O dirigente pede que os protocolos de biossegurança sejam redobrados, como o impedimento de visitas às propriedades aviárias e cumprimento dos protocolos determinados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).